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segunda-feira, 4 de julho de 2016

Evolution

O individuo se modifica pelo ou para o ambiente? Será que aquele ser estranho, o único que nasceu com chifres nesta ninhada, era só uma anomalia que sobreviveu por sorte ou um instinto genético que livrou as gerações futuras de serem extintas por aquele terrível predador? Venha experimentar infindáveis milênios de erros e acertos biológicos e galgar pela cadeia alimentar, pois Evolution Tá na Mesa!



Evolution foi lançado em 2014 pelo trio Dominic Carpuchettes, Dmitry Knorre e Sergey Machin pela North Star Games. Para dois a seis jogadores, com duração média de 1 hora, os jogadores tem a chance de fazer o papel da natureza, decidindo a trilha evolutiva de várias espécies.

- Chatoooo! Até parece aula de biologia. Vou ficar no fundão e fazer bagunça.

Minha cara Periplaneta americana, quando se junta aulas e jogos, tudo pode ser divertido (Dica da Sra. Slovic: Se interessou pela mistura? Então procure o Grupo Jedai), ainda mais quando o jogo é indicado por renomadas revistas científicas como a Nature, como é o caso de Evolution! O jogo vem com muitas, mas muitas cartas, representando dezessete características diferentes, como Cooperação, Fértil, Rebanho e o temível Carnívoro. A arte das cartas é de uma lindeza ímpar. Na verdade toda a arte do jogo é primorosa.




A dinâmica do turno é bem simples: primeiro todos os jogadores compram cartas (o número depende da quantidade de espécies o jogador tem na mesa), depois todos descartam uma carta para criar a Reserva de Alimentos, que é a quantidade de comida disponível no turno. As cartas têm diferentes valores para a Reserva. Depois, começando com o Jogador inicial (Nota do Casal Slovic: O marcador de Primeiro Jogador é uma das grandes sacadas do jogo e o mais legal até agora no universo dos Board Games!), cada um pode baixar suas cartas para fazer quantas ações quiser e puder. São quatro tipos de ações possíveis: Criar uma nova espécie, aumentar o Tamanho ou a População de um animal ou dar novas Características aos seus bichos. O único limite de ações é a quantidade de cartas que jogador tem na mão. Não é necessário descartar todas (Nota do Sr. Slovic: Nem aconselhável). As cartas de Características são colocadas viradas para baixo e todos as revelam ao mesmo tempo. No fim do turno, conta-se a Reserva de Comida disponível e colocam-se os Marcadores de comida no tabuleiro central. Começando do jogador inicial, cada um pode pegar um marcador para alimentar uma espécie, continuando até todos os animais estarem alimentados ou acabar a Reserva. Por fim, todo o alimento comido é colocado em uma bolsa (cada marcador na bolsa vale um Ponto de Vitória no final), espécies que não foram totalmente alimentadas perdem suas população (quanto mais populosa é uma espécie no fim do jogo, mais PV ela dá) e se chegaram a zero, são extintas.

- Que bobo. Então é só dar comidinha para os bichinhos. Achei que fosse ter sangue!

Calma aí, aquele que foi abandonado pelo próprio Tomagoshi! O jogo até parece simples, mas estamos falando de Evolução, e, por tanto, nada é tão simples ou bonitinho. Está em jogo a sobrevivência dos mais fortes! Durante a fase de Alimentação entram em jogo as Características que foram colocadas nas espécies. Cada uma delas dá vantagens competitivas para o animal na luta por comida (ou para não ser devorado).

- Como assim? 

Ora, seu vegano botanofóbico, como já falamos antes, há a possibilidade de um animal se tornar carnívoro. Como na Reserva só tem marcadores de plantas, do que você acha que um carnívora vai se alimentar? Claro, das espécies dos outros jogadores. Por isso, além de armar seu bichinho herbívoro com Características que lhe permitem se alimentar melhor (Nota do Sr. Slovic: Como o fantástico combo Long Neck + Foraging + Cooperation), os jogadores devem armar seus animais com algum tipo de proteção. O grande problema é que cada espécie só pode ter três características, então é bom usar de estratégia para conseguir sobreviver a um mundo cruel. Quando um carnívoro ataca, diminui em um a população da presa e consegue marcadores de carne igual ao tamanho dela. Porém um Carnívoro só pode atacar uma presa de tamanho menor que o seu (ou ter cartas que mudem isso). Animais que comem carne vão atacar até serem totalmente alimentados ou não ter mais nenhuma presa disponível, o que significa que eles vão atacar as espécies do próprio jogador, se não houver outra fonte, pois como todo carnívoro que se preze, eles não comem plantas! Como dissemos, tome cuidado. Todo carnívoro deve ser temido.

É possível, como já mencionado, formar combos com as Características (Nota do casal Slovic: Muitos podem olhar torto para o jogo por causa disso, mas não se deixe levar por isso), mas o jogo não é só isso. Há muita estratégia, principalmente na hora de superar de algum adversário (Dica da Sra. Slovic: Que ninguém me ouça, mas Carnivore + Ambush + Pack Hunting ou Hard Shell + Defenive Hearding + Climbing são combinações quase imbatíveis), mas como sempre no curso da evolução, novos métodos para superar grandes obstáculos aparecem. E esse é um grande trunfo do jogo. Conseguir fazer suas espécies se adaptarem e superarem uma às outras.




No geral, Evolution é um fantástico jogo. A arte é linda e os componentes são simples e de qualidade. É um jogo para queimar neurônios. A palavra chave é Adaptação. Em um momento você pode ter muitas espécies na mesa e no fim da rodada não há alimento suficiente para todos ou muitos carnívoros surgiram sem que você estivesse preparado, e seus amimais sofreram grandes baixas na população ou mesmo foram extintos. Então é hora de ver as espécies adversárias e começar a bolar o contra-ataque ou a melhor defesa. E muitas expansões estão a caminho (Nota do Sr Slovic: Algumas até voando!). Está preparado para sofrer um upgrade? Então venha jogar Evolution.




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