O individuo se modifica pelo ou para o ambiente? Será que
aquele ser estranho, o único que nasceu com chifres nesta ninhada, era só uma
anomalia que sobreviveu por sorte ou um instinto genético que livrou as
gerações futuras de serem extintas por aquele terrível predador? Venha
experimentar infindáveis milênios de erros e acertos biológicos e galgar pela
cadeia alimentar, pois Evolution Tá na Mesa!
Evolution foi lançado em 2014 pelo
trio Dominic Carpuchettes, Dmitry Knorre e Sergey Machin pela North Star Games.
Para dois a seis jogadores, com duração média de 1 hora, os jogadores tem a
chance de fazer o papel da natureza, decidindo a trilha evolutiva de várias
espécies.
- Chatoooo! Até parece aula de
biologia. Vou ficar no fundão e fazer bagunça.
Minha cara Periplaneta
americana, quando se junta aulas e jogos, tudo pode ser divertido (Dica da Sra.
Slovic: Se interessou pela mistura? Então procure o Grupo Jedai), ainda mais
quando o jogo é indicado por renomadas revistas científicas como a Nature, como
é o caso de Evolution! O jogo vem com muitas, mas muitas cartas, representando
dezessete características diferentes, como Cooperação, Fértil, Rebanho e o
temível Carnívoro. A arte das cartas é de uma lindeza ímpar. Na verdade toda a
arte do jogo é primorosa.
A dinâmica do turno é bem simples: primeiro
todos os jogadores compram cartas (o número depende da quantidade de espécies o
jogador tem na mesa), depois todos descartam uma carta para criar a Reserva de
Alimentos, que é a quantidade de comida disponível no turno. As cartas têm diferentes valores para a Reserva. Depois,
começando com o Jogador inicial (Nota do Casal Slovic: O marcador de Primeiro
Jogador é uma das grandes sacadas do jogo e o mais legal até agora no universo
dos Board Games!), cada um pode baixar suas cartas para fazer quantas ações
quiser e puder. São quatro tipos de ações possíveis: Criar uma nova espécie,
aumentar o Tamanho ou a População de um animal ou dar novas Características aos
seus bichos. O único limite de ações é a quantidade de cartas que jogador tem
na mão. Não é necessário descartar todas (Nota do Sr. Slovic: Nem
aconselhável). As cartas de Características são colocadas viradas para baixo e
todos as revelam ao mesmo tempo. No fim do turno, conta-se a Reserva de Comida
disponível e colocam-se
os Marcadores de comida no tabuleiro central. Começando do jogador inicial,
cada um pode pegar um marcador para alimentar uma espécie, continuando até todos os
animais estarem alimentados ou acabar a Reserva. Por fim, todo o alimento
comido é colocado em uma bolsa (cada marcador na bolsa vale um Ponto de Vitória
no final), espécies que não foram totalmente alimentadas perdem suas população
(quanto mais populosa é uma espécie no fim do jogo, mais PV ela dá) e se
chegaram a zero, são extintas.
- Que bobo. Então é só dar comidinha para
os bichinhos. Achei que fosse ter sangue!
Calma aí, aquele que foi abandonado pelo
próprio Tomagoshi! O jogo até parece simples, mas estamos falando de Evolução,
e, por tanto, nada é tão simples ou bonitinho. Está em jogo a sobrevivência dos
mais fortes! Durante a fase de Alimentação entram em jogo as Características que foram
colocadas nas espécies. Cada uma delas dá vantagens competitivas para o animal
na luta por comida (ou para não ser devorado).
- Como assim?
Ora, seu vegano botanofóbico, como já falamos antes, há a
possibilidade de um animal se tornar carnívoro. Como na Reserva só tem
marcadores de plantas, do que você acha que um carnívora vai se alimentar?
Claro, das espécies dos outros jogadores. Por isso, além de armar seu bichinho
herbívoro com Características que lhe permitem se alimentar melhor (Nota do Sr.
Slovic: Como o fantástico combo Long Neck + Foraging + Cooperation), os
jogadores devem armar seus animais com algum tipo de proteção. O grande
problema é que cada espécie só pode ter três características, então é bom usar
de estratégia para conseguir sobreviver a um mundo cruel. Quando um carnívoro
ataca, diminui em um a população da presa e consegue marcadores de carne igual
ao tamanho dela. Porém um Carnívoro só pode atacar uma presa de tamanho menor
que o seu (ou ter cartas que mudem isso). Animais que comem carne vão atacar até
serem totalmente alimentados ou não ter mais nenhuma presa disponível, o que
significa que eles vão atacar as espécies do próprio jogador, se não houver
outra fonte, pois como todo carnívoro que se preze, eles não comem plantas!
Como dissemos, tome cuidado. Todo carnívoro deve ser temido.
É possível, como já mencionado, formar
combos com as Características (Nota do casal Slovic: Muitos podem olhar torto para o jogo por causa
disso, mas não se deixe levar por isso), mas o jogo não é só isso. Há muita estratégia, principalmente na hora de superar de algum adversário (Dica da Sra. Slovic: Que ninguém me ouça, mas Carnivore
+ Ambush + Pack Hunting ou Hard Shell + Defenive
Hearding + Climbing são combinações quase imbatíveis), mas como sempre no curso da evolução, novos métodos para superar grandes obstáculos aparecem. E esse é um grande
trunfo do jogo. Conseguir fazer suas espécies
se adaptarem e superarem uma às outras.
No geral, Evolution é um fantástico jogo. A
arte é linda e os componentes são simples e de qualidade. É um jogo para
queimar neurônios. A palavra chave é Adaptação. Em um momento você pode ter
muitas espécies
na mesa e no fim da rodada não há alimento suficiente para todos ou muitos
carnívoros surgiram sem que você estivesse preparado, e seus amimais sofreram grandes baixas na população ou
mesmo foram extintos. Então é hora de ver as espécies adversárias e começar a
bolar o contra-ataque ou a melhor defesa. E muitas expansões estão a caminho (Nota do Sr Slovic: Algumas até voando!). Está preparado para sofrer um upgrade? Então venha jogar Evolution.
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